domingo, 14 de abril de 2013

A Raposa e o galinheiro

                    Após leitura, produza um texto crítico, estabelecendo paralelos desta fábula com a atual realidade polítca brasileira. Utilize passagens do texto em alguma situação atual da nossa realidade social. Mínino 20 linhas, máximo 30. Não se esqueça de elaborar um título e um subtítulo.


A Raposa e as Galinhas

 

Olá, meninas! Fui nomeado para tomar conta de vocês...


A Raposa administrava o Galinheiro, e bem. Vez ou outra, comia uma galinha, às vezes duas. Depois, limpava tudo, distribuía ração, anunciava um ‘feriadozinho’ aqui, um ‘poleiro’ reformado ali, e de vez em quando, promovia festivais de forró para a alegria geral. As galináceas adoravam, ‘dançavam’ como ninguém.

O Dono do Galinheiro apreciava, e embora não gostasse muito da Raposa, precisava dela para que as coisas funcionassem bem.

Até que um dia em que a Raposa abusou da comilança, foi além da medida. O Dono do Galinheiro resolveu colocar um Cachorro enorme dentro do Galinheiro para vigiar a Raposa.

Astuta, a Raposa manteve preso o enorme Cachorro, alegando que se ele ficasse solto, a produção de ovos iria cair, prejudicando o Galinheiro e seu Dono.

Mas por via das dúvidas, o Dono do Galinheiro decidiu envenenar algumas galinhas, mas novamente, a Raposa, muito esperta, criou o hábito de, antes de comê-las, dar uma ‘provinha’ ao Cachorro, justificando com o doce discurso de que era um princípio religioso, muito valorizado, dividir alguma galinha com o próximo.

Porém, um dia, o Dono se injuriou de vez e instalou uma Comissão Especial de Inquérito no Galinheiro. Uma investigação demorada, transmitida pela TV Galinácea para todo o Galinheiro.

Em breve, chegaram à conclusão que o Cachorro era o culpado. Algumas galinhas, assustadas, acusaram a si mesmas. Depois, descobriram um velho Porco que vivia nos fundos do Galinheiro, e que se alimentava só das sobras. Foi imediatamente preso, acusado de todas as infâmias e difamações.

O Dono do Galinheiro e as galinhas se deram por satisfeitos e se acalmaram. A Comissão terminava. Houve uma grande festa e comeram o Porco.

A Raposa fez um discurso tão comovente que convenceu a si própria e chorou, terminando por beijar um pintinho, mas não sem discretamente lamber os beiços.

Por decreto, baixou mais alguns impostos.

E assim, com todas as mudanças, as coisas, solenemente, puderam seguir as mesmas.

 

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