quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A grafia correta das palavras

A  grafia  correta  de  algumas  palavras
O correto é: Estava paralisado de medo. (de paralisia)

Outros exemplos:
Vamos analisar os resultados. (de análise)
Carro com catalisador polui menos. (de catálise)
A moda agora é alisar os cabelos. (de liso)

Relacione todas as exceções
É comum confundir a grafia do s, ss e ç

O correto é: Relacione todas as exceções.

Veja outros exemplos de grafias erradas e a forma correta de:
 Adivinhar
 ascensão
 bem-vindo
 cinquenta
 pichar
 chuchu
 zoar

O correto é: A moça não sai do cabeleireiro. (de cabeleira)
 Outros exemplos:
Era um encontro prazeroso
correto: maneirar

O correto é: Eram casas geminadas. (sem r)

Evite acrescentar letras inexistentes às palavras:
Asterisco
Beneficência
Beneficente
Bugiganga
Mendigo
Mortadela
Reivindicar

Gostava de comida por kilo
Kilo é uma palavra aportuguesada

O correto é: Gostava de comida por quilo. (A comida é vendida por quilo)

Outras palavras já aportuguesadas: batom, camicase, chique, clipe, clube, críquete, cupom, estande, estresse, gangue, gim, golfe, grogue, gueixa, lorde, moletom, ringue, saquê, surfe, tíquete, turfe, xampu.


Derivados de Bahia não se escrevem com h


Só existe h em Bahia, mas não nos derivados do nome do Estado.
O correto é: Era um deputado baiano.

Outros exemplos: 
Mora na Bahia.
Tinha muitos parentes baianos.

Nas palavras compostas, Bahia perde o h e a inicial maiúscula: coco-da-baía, jacarandá-da-baía, laranja-da-baía.   
Da mesma forma, o torcedor do Corinthians é corintiano, também sem h.

Tigela é com g e não com j

O correto é: A tigela estava cheia de doces.

Outras palavras com g e não j: Afugentar, bege, falange, ferrugem, frigir, herege, Hégira, proteger, rabugento, selvageria.

O correto é: Comeu uma pizza de calabresa.

São as terminações ês, esa e isa que indicam nacionalidade, origem, título de nobreza ou ocupação feminina: Calabresa, francês, inglesa, japonesa, português, burguesa, camponês, cortês, baronesa, duquesa, poetisa, profetisa.

Terminação “izar” indica ação de fazer
Vamos organizar a festa?

A terminação se agrega a um adjetivo ou substantivo terminado em r,l, n ou vogal:

Outros exemplos:
Banal: banalizar
Cânon: canonizar
Cota: cotizar
Horror: horrorizar
Suave: suavizar

O correto é: A moça se dava bem com o padrasto.

Evite também inverter as letras de madrasta (de mater, madre, ou seja, mãe):
A madrasta fazia a lição com o enteado.





As 10 (dez) classes de palavras

A Primeira gramática do Ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, advérbio e conjunção. Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.
Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

Há  discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:

SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.

Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.

Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO  – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.

Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.

Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.

Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.

Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.

Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.

Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.

Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.

Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!